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Entenda Como as Memórias Traumáticas Alimentam a Dor Crônica

Entenda Como as Memórias Traumáticas Alimentam a Dor Crônica
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Índice

Você sabia que a memória do medo pode influenciar na dor crônica que sentimos no presente? E se fosse possível diminuir a dor crônica apagando memórias traumáticas? Em um artigo publicado na Nature Neuroscience, os pesquisadores Clément Pouget e Gisella Vetere revelaram um avanço significativo na compreensão da relação entre dor crônica e memória do medo. Este estudo, realizado com modelos animais, traz novas esperanças para o tratamento da dor crônica, uma condição debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

As Memórias de Medo e sua Influência na Dor Crônica

Memórias de medo são lembranças de eventos assustadores ou traumáticos que ficam armazenadas no cérebro. Assim, essas memórias são responsáveis por nos alertar sobre situações perigosas, ajudando-nos a evitar ameaças futuras. No entanto, quando essas memórias de medo são intensas e persistentes, podem afetar nossa resposta a outras experiências, como a percepção da dor.

A região do cérebro envolvida na regulação das emoções e na tomada de decisões é o córtex pré-frontal medial (CPF). Assim, quando estamos recordando memórias de medo a longo prazo, certas células no CPF se tornam ativas. Essas células, chamadas de “engramas de memória”, armazenam e reativam as memórias de medo quando necessário.

Reativação das Memórias de Medo em Experiências Dolorosas

Os cientistas descobriram que essas células no córtex pré-frontal medial, que são ativadas durante a recordação de memórias de medo, também são reativadas durante experiências dolorosas subsequentes. Por exemplo, se alguém sofreu um acidente de carro traumático no passado, as memórias de medo associadas a esse evento podem ser reativadas quando a pessoa sente dor intensa, como uma dor crônica nas costas. Isso significa que o cérebro associa a dor atual à memória do medo passado, amplificando a percepção da dor.

Interligação das Redes de Medo e Dor

Essa descoberta sugere que as redes de medo e dor estão interligadas no cérebro. Quando as memórias de medo são reativadas durante uma experiência dolorosa, elas podem exacerbar a sensibilidade à dor, especialmente em condições crônicas. Isso ocorre porque o cérebro não apenas processa a dor física, mas também a amplifica ao associá-la às memórias de medo. Embora não seja claro como o cérebro amplifica a dor, essa interligação pode explicar por que pessoas com memórias traumáticas frequentemente experimentam níveis mais altos de dor crônica, uma vez que suas experiências passadas de medo intensificam a resposta do cérebro à dor.

Engrama da Memória: O Alvo Terapêutico

Utilizando técnicas avançadas de optogenética, os pesquisadores conseguiram silenciar especificamente as células do engrama de medo, assim, observando uma redução notável na hipersensibilidade à dor em modelos de dor crônica. A optogenética é uma técnica que utiliza luz para controlar células em tecidos vivos, tipicamente neurônios, que foram geneticamente modificados para expressar proteínas sensíveis à luz.

Os experimentos, realizados em ratos, mostraram resultados promissores, mas a transição para tratamentos em humanos ainda necessita de mais estudos. Nos experimentos, os pesquisadores usaram luz para inativar as células específicas do engrama de medo nos cérebros dos ratos durante experiências dolorosas. No entanto, os efeitos desse silenciamento são temporários, necessitando de repetidas inativações optogenéticas para manter a redução da hipersensibilidade à dor.

Perspectivas Futuras para Tratamentos de Dor Crônica

A inativação optogenética proporcionou apenas um alívio temporário da dor em ratos. Dessa forma, isso levanta uma questão crucial: podemos extinguir permanentemente o engrama de medo? Será possível separar as representações de medo e dor para um tratamento duradouro?

Estudos futuros serão essenciais para explorar essa possibilidade, e então determinar a eficácia dessas intervenções em humanos será um passo fundamental. A possibilidade de direcionar terapias para as memórias de medo é um avanço significativo na neurociência. Isso tem potencial para melhorar a qualidade de vida de pacientes que sofrem de dor crônica. Estamos prestes a testemunhar uma revolução no tratamento da dor? Somente o tempo e a pesquisa científica dirão.

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