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IA Persuasiva: Estudo Mostra Que GPT-4 Supera Humanos Em Debates Personalizados

IA Persuasiva: Estudo Mostra Que GPT-4 Supera Humanos Em Debates Personalizados
IA Persuasiva: Estudo Mostra Que GPT-4 Supera Humanos Em Debates Personalizados
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A influência das inteligências artificiais sobre nossas opiniões acaba de atingir um novo patamar. Um estudo publicado na Nature Human Behaviour revelou que o GPT-4, quando munido de informações pessoais mínimas, consegue persuadir pessoas em debates online com mais eficácia do que participantes humanos. Esta descoberta traz à tona uma nova realidade: a capacidade super-humana de persuasão das IAs já está entre nós. Ademais, pode mudar o jogo em redes sociais, política e campanhas de opinião pública.

A pesquisa envolveu 900 voluntários, que debateram temas variados como uso de uniformes escolares e renda básica universal, enfrentando ora o GPT-4, ora outros humanos, com e sem personalização de argumentos. A personalização — adaptar a mensagem a partir de dados como idade, escolaridade ou filiação política —, que antes era lenta e cara, agora pode ser feita em escala e quase instantaneamente por grandes modelos de linguagem. O resultado foi contundente: quando o GPT-4 tinha acesso aos dados dos participantes, ele superou os humanos em 64% dos debates. Assim, aumentando em 81% as chances de convencer alguém a mudar de ideia.

O Que Torna a IA Mais Persuasiva Do Que Humanos?

O diferencial do GPT-4 não está no estilo, mas na estratégia: o modelo personaliza o conteúdo do argumento, adaptando a abordagem a partir de informações mínimas sobre o interlocutor. Em debates sobre renda básica, por exemplo, o GPT-4 moldava o discurso para destacar inovação e crescimento econômico com republicanos, ou igualdade social com democratas. A linguagem seguia lógica e formal, enquanto humanos usavam mais emoção, relatos pessoais e frases simples. Mesmo assim, o AI foi mais convincente — especialmente quando as pessoas ainda tinham opiniões fracas ou pouco formadas sobre o tema.

Surpreendentemente, humanos que receberam as mesmas informações sobre o oponente não conseguiram personalizar seus argumentos de maneira eficaz. Já o GPT-4, treinado em bilhões de exemplos, incorporou detalhes pessoais quase sem esforço visível na forma do texto. Isso mostra o poder do microtargeting automatizado: persuasão feita sob medida para cada perfil, em escala massiva e com alta precisão.

Oportunidades Para o Debate Público Sobre a Persuasão das IA

O potencial dessas descobertas fascina e alarma ao mesmo tempo. Bots inteligentes já microsegmentam discursos políticos, influenciam indecisos, reforçam crenças em câmaras de eco e propagam desinformação de modo quase invisível. Em cenários em que detalhes decidem eleições e 2024 registrou o maior número de votantes da história, essa tecnologia desafia diretamente as noções tradicionais de debate público, integridade eleitoral e regulação digital.

Os autores do estudo destacam que, embora ainda não encontrem evidências claras de uma influência decisiva da IA em pleitos recentes, têm dificuldade para rastrear esses impactos e reconhecem que o risco é escalável. Ao mesmo tempo, enxergam amplas possibilidades para o uso positivo: pessoas e instituições podem empregar IAs persuasivas para promover comportamentos saudáveis, reduzir crenças conspiratórias e desarmar hostilidade online — desde que implementem essas tecnologias com transparência e ética.

Apesar do desenho experimental controlado, o estudo reconhece limitações: debates cronometrados e estruturados diferem do caos e imprevisibilidade das redes sociais “selvagens”. Participantes argumentaram posições aleatórias e sabiam que poderiam estar interagindo com uma IA, o que pode influenciar sua abertura ao convencimento. Novas pesquisas vão explorar IA em conversas mais naturais, modelos ainda mais avançados e os limites éticos do uso dessa tecnologia.

O artigo, “On the conversational persuasiveness of GPT-4”, assinado por Francesco Salvi, Manoel Horta Ribeiro e colegas, deixa claro: a era da persuasão automatizada e personalizada já começou. O desafio agora é usar esse poder para ampliar o debate democrático e não para manipulá-lo.

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