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Homens Que Rejeitam a Igualdade de Gênero São Mais Propensos à Violência Doméstica

Homens Que Rejeitam a Igualdade de Gênero São Mais Propensos à Violência Doméstica
Homens Que Rejeitam a Igualdade de Gênero São Mais Propensos à Violência Doméstica
Índice

A relação entre desigualdade de gênero e violência doméstica é uma bomba-relógio que poucos querem desarmar. Um estudo recente publicado na PLOS ONE trouxe à tona dados que incomodam: homens com crenças mais tradicionais e menos equitativas têm uma propensão alarmante a cometer violência contra suas parceiras. A urgência desse debate não poderia ser maior, pois estamos falando de uma questão de vida ou morte para milhões de mulheres.

Violência Doméstica: Um Problema Epidêmico

Violência entre parceiros é um problema de saúde pública que assola sociedades no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, mais de duas em cada cinco mulheres já sofreram violência física ou sexual de um parceiro. Esses números assombrosos evidenciam que a violência doméstica não é um problema isolado ou pontual, mas sim uma tendência estrutural que persiste há gerações.

Muitos fatores já foram associados ao aumento do risco de violência por parte de homens, incluindo abuso de substâncias, histórico de violência na infância e problemas de saúde mental. Entretanto, poucos estudos se aprofundaram na relação entre crenças sobre igualdade de gênero e comportamento violento. O novo estudo coloca essa conexão em evidência, assim sugerindo que a própria visão de mundo de um homem pode ser um indicador de perigo.

O Estudo Que Expõe a Realidade

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia analisaram 3.609 homens que participaram do California Violence Experiences Survey (CalVEX) entre 2021 e 2023. Os participantes tinham em média 48 anos e responderam a perguntas sobre violência, discriminação e crenças sobre gênero.

Para medir suas opiniões sobre igualdade, os pesquisadores fizeram perguntas baseadas no World Values Survey. Além disso, os entrevistados precisavam manifestar seu grau de concordância com frases como “Homens são melhores líderes políticos que mulheres” e “A educação universitária é mais importante para homens do que para mulheres”. Portanto, quanto maior o índice de concordância, mais retrógrada era a visão de gênero.

A violência doméstica foi avaliada perguntando aos homens se haviam cometido agressão física ou sexual contra suas parceiras no último ano. O resultado foi estarrecedor, pois mais de 280 mil homens na Califórnia relataram ter praticado algum tipo de violência contra suas parceiras nos últimos 12 meses.

A Ligação Perigosa Entre Machismo e Violência Doméstica

Homens com crenças mais tradicionais sobre gênero tinham mais do que o dobro de chance de praticar violência doméstica. Ademais, entre aqueles que admitiram agredir suas parceiras, mais de 60% concordavam com declarações de viés sexista.

Mesmo ao controlar fatores como uso de drogas, problemas psicológicos e acesso a armas, a relação entre desigualdade de gênero e violência permaneceu forte. Ou seja, independentemente de outros fatores de risco, homens que veem as mulheres como inferiores têm uma probabilidade muito maior de serem agressores.

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Outro dado alarmante foi a relação entre posse de armas e violência doméstica. Pois homens que possuem armas são significativamente mais propensos a cometer agressões contra suas parceiras, o que corrobora estudos anteriores que mostram que a presença de armas aumenta drasticamente o risco de feminicídio.

O Que Podemos Fazer Para Reverter Esse Cenário de Violência Doméstica?

O estudo reforça a necessidade urgente de programas educativos que desafiem a cultura patriarcal desde cedo. Ensinar meninos e homens a questionar crenças ultrapassadas sobre gênero é essencial para reduzir os índices de violência doméstica.

Esforços para combater esse problema precisam incluir iniciativas em escolas, campanhas de conscientização e leis mais rigorosas contra agressores. Programas de reabilitação para homens que cometem violência também são fundamentais, pois oferecem uma oportunidade de mudança para aqueles que estão dispostos a reformular sua relação com as mulheres.

Mais do que nunca, é necessário que as instituições e a sociedade como um todo se mobilizem para combater a violência de gênero. O silêncio e a conivência alimentam esse ciclo destrutivo. É hora de expor o problema, responsabilizar os culpados e criar um futuro onde homens e mulheres possam coexistir sem medo.

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