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Impactos da Perimenopausa e Menopausa na Vida das Mulheres

Impactos da Perimenopausa e Menopausa na Vida das Mulheres
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Índice
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A menopausa é uma fase natural e inevitável da vida feminina, que todas as mulheres enfrentarão em algum momento. Apesar de ser uma certeza, assim como a puberdade e a fase adulta, a perimenopausa e a menopausa ainda são cercadas por mitos e pouca compreensão. Neste post, vamos explorar a perimenopausa e a menopausa, destacando suas características e implicações. Compreender essas transições pode ajudar a enfrentá-las com mais tranquilidade e saúde, garantindo um bem-estar contínuo durante uma fase que pode representar cerca de um terço da vida de uma mulher.

Nest post vamos abordar as definições e colocação da Dra. Mary Claire Haver, o qual é uma autoridade mundial no assunto. Ela é uma ginecologista renomada que se dedica ao estudo e tratamento da perimenopausa e menopausa. Ao longo de sua trajetória já publicou diversos artigos científicos e livros sobre o tema, assim, vêm trazendo informações valiosas e conselhos práticos para ajudar mulheres ao redor do mundo a entender e gerenciar essas fases da vida.

O que é Perimenopausa?

A perimenopausa é o período de transição que antecede a menopausa, geralmente começando cerca de sete a dez anos antes da última menstruação, por volta dos 40 anos. Durante essa fase, os níveis hormonais, especialmente o estrogênio e a progesterona, começam a flutuar de maneira imprevisível. O estrogênio e a progesterona são dois hormônios fundamentais no corpo feminino. O estrogênio é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias, como seios e quadris, além de regular o ciclo menstrual e manter a saúde dos ossos. A progesterona, por sua vez, prepara o útero para a gravidez após a ovulação, mantendo a gravidez e regulando o ciclo menstrual. Durante a perimenopausa, a produção desses hormônios começa a ser irregular, causando uma série de sintomas.

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Quando dizemos que os níveis hormonais “começam a flutuar de maneira imprevisível”, estamos falando de um verdadeiro passeio de montanha-russa hormonal. Imagine um gráfico que antes era suave e previsível, mas que agora se parece mais com um eletrocardiograma de alguém correndo uma maratona – altos picos seguidos por quedas abruptas, sem nenhum padrão claro.

O que é Menopausa?

A menopausa, por sua vez, é definida como o momento em que uma mulher passa 12 meses consecutivos sem menstruar, marcando o fim definitivo da vida reprodutiva. Esse marco é o resultado da falência ovariana, onde os ovários param de liberar óvulos e a produção hormonal se reduz drasticamente. Durante a falência ovariana, os ovários, que são as centrais de produção hormonal e de liberação dos óvulos, cessam suas atividades. Isso significa que os níveis de estrogênio e progesterona caem significativamente, levando a uma série de mudanças físicas e emocionais. A média de idade para a menopausa é de aproximadamente 51 anos, mas pode variar significativamente por diversas razões e ocorrer entre o intervalo de 45 e 55 anos. A Dra. Haver enfatiza que a menopausa não é apenas o fim da menstruação, mas sim um reflexo dessa falência ovariana, com impactos profundos na saúde geral da mulher.

As razões evolutivas para a menopausa são complexas e ainda não completamente compreendidas. A teoria mais aceita e amplamente discutida é a “Hipótese da Avó“. Esta teoria sugere que a menopausa evoluiu para permitir que mulheres mais velhas, ao invés de continuar a ter filhos, ajudassem a cuidar dos seus netos. Esse suporte adicional aumentaria a sobrevivência dos netos, garantindo assim que mais genes familiares fossem passados para as próximas gerações. Além disso, o fim da função reprodutiva em idade avançada poderia evitar os riscos inerentes a gravidez e parto em idades mais avançadas. Dessa forma, promovendo uma vida mais longa e saudável para as mulheres na terceira idade.

Mudanças Biológicas na Perimenopausa

Durante a perimenopausa, o corpo feminino passa por uma série de mudanças biológicas significativas. Um dos principais sistemas envolvidos nesse processo é o eixo hormonal hipotalâmico-pituitário-ovariano. Para entender melhor, vamos imaginar esse eixo como uma cadeia de comando dentro do corpo.

O eixo hormonal hipotalâmico-pituitário-ovariano é composto por três partes principais:

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  • Hipotálamo: Uma pequena região no cérebro que atua como o “chefe executivo”. Ele monitora os níveis de hormônios no corpo e envia sinais quando é hora de ajustar esses níveis.
  • Glândula Pituitária: Localizada logo abaixo do hipotálamo, essa glândula é como o “gerente” que recebe ordens do hipotálamo e as repassa aos ovários.
  • Ovários: As “fábricas” que produzem os hormônios sexuais femininos, estrogênio e progesterona, e liberam óvulos.

Quando o hipotálamo detecta que os níveis de estrogênio estão baixos, ele envia um hormônio chamado GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) para a glândula pituitária. Em resposta, a glândula pituitária libera dois hormônios principais:

  • Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): Estimula o crescimento dos folículos nos ovários, que contêm os óvulos.
  • Hormônio Luteinizante (LH): Promove a ovulação, a liberação do óvulo maduro do folículo.

Durante a perimenopausa, a sensibilidade dos ovários a esses hormônios (FSH e LH) diminui. Imagine que os ovários estão ficando “surdos” aos comandos do FSH e LH. Então, em resposta, o corpo começa a produzir mais desses hormônios na tentativa de compensar a falta de resposta dos ovários, resultando em níveis mais elevados e flutuantes de FSH e LH no sangue. Essas flutuações podem ser comparadas a um carro que está acelerando e freando repetidamente, em vez de manter uma velocidade constante.

Sintomas da Perimenopausa

Essas mudanças hormonais levam a períodos menstruais irregulares e a uma variedade de sintomas, que podem impactar profundamente a qualidade de vida. Aqui estão alguns dos principais sintomas:

  • Ondas de Calor: Sensação súbita de calor intenso, geralmente acompanhada de suor e rubor, como se você estivesse em um forno.
  • Alterações no Ciclo Menstrual: Os ciclos podem se tornar mais curtos ou mais longos, os períodos podem ser mais intensos ou mais leves, e às vezes você pode pular ciclos inteiros.
  • Mudanças de Humor: Oscilações emocionais que podem incluir irritabilidade, tristeza, ou ansiedade, como uma montanha-russa emocional.
  • Distúrbios do Sono: Dificuldades para adormecer, manter-se dormindo ou sono de má qualidade, fazendo você se sentir como se tivesse lutado contra uma gangue de zumbis durante a noite.
  • Névoa Cerebral: Dificuldade de concentração, esquecimento e sensação de que seu cérebro está operando em marcha lenta, como se estivesse envolto em neblina.

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Esses sintomas variam de mulher para mulher e podem ser leves para algumas e severos para outras, mas todos eles têm um impacto significativo no dia a dia e no bem-estar físico e emocional das mulheres. A compreensão dessas mudanças biológicas pode ajudar as mulheres a gerenciar melhor essa fase de transição, buscando apoio médico e adotando práticas que promovam a saúde e o bem-estar.

Importância da Educação e Preparação para a Menopausa

A menopausa representa uma proporção significativa da vida de uma mulher, podendo durar até um terço da sua vida. No entanto, apesar da sua inevitabilidade, ela ainda é um tópico pouco discutido tanto entre mulheres quanto entre profissionais da saúde. Esta falta de diálogo e compreensão pode deixar muitas mulheres despreparadas para enfrentar as mudanças que acompanham essa fase da vida. Assim, entender essas fases é crucial para todas as mulheres, não apenas para aquelas que estão se aproximando da menopausa. A Dra. Mary Claire Haver, recomenda que as mulheres comecem a se informar e a discutir essas questões com seus médicos desde cedo. Essa preparação antecipada permite que as mulheres compreendam o que esperar e tomem medidas que ajudam a mitigar muitos dos sintomas associados.

Além disso, uma preparação adequada e um estilo de vida saudável podem fazer uma diferença significativa. Adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios regularmente, manter bons hábitos de sono e gerenciar o estresse são estratégias que podem ajudar a enfrentar a perimenopausa e a menopausa com mais confiança e resiliência. Além disso, a educação sobre essas fases pode capacitar as mulheres a reconhecerem os sintomas precocemente e a buscarem tratamentos apropriados.

Incentivamos todas as mulheres a aprender mais sobre a perimenopausa e menopausa e a buscar informações confiáveis. Consulte seu ginecologista para discutir suas preocupações e obter um plano de cuidado personalizado. A informação é a chave para enfrentar essas transições com confiança e saúde. Faça da educação e preparação sobre a menopausa uma prioridade em sua vida, garantindo assim uma transição mais tranquila e saudável.

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