Menu

Veja mais

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Veja mais

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Ashwagandha Melhora Funções Cognitivas Após Primeira Dose, Diz Estudo

Ashwagandha Melhora Funções Cognitivas Após Primeira Dose, Diz Estudo
Ashwagandha Melhora Funções Cognitivas Após Primeira Dose, Diz Estudo
Índice

É possível turbinar seu cérebro em apenas uma hora? A ciência acaba de dar um passo ousado nessa direção — e o nome por trás dessa possível façanha não é um medicamento sintético. Na verdade, é um velho conhecido da medicina ayurvédica: o ashwagandha. O estudo ublicado na revista Nutrients, revelou que uma única dose dessa planta milenar foi suficiente para melhorar o desempenho cognitivo. Além disso, também tem um papel positivo em melhorar o humor de jovens adultos saudáveis.

A pesquisa foi liderada por Megan Leonard e um time de 15 cientistas de universidades e centros especializados. Os pesquisadores realizaram o estudo com 59 participantes, em sua maioria jovens com cerca de 23 anos de idade. Assim, eles dividiram os participantes de forma aleatória entre um grupo que recebeu 225 mg de ashwagandha lipossomal e outro que tomou um placebo com goma arábica.

Este não é apenas mais um experimento com promessas genéricas de bem-estar. Os efeitos foram detectados com precisão. Pois em apenas uma hora após a primeira cápsula, já houve melhora na memória, atenção e funções executivas. Além disso, também houve redução perceptível de tensão e fadiga.

A Fórmula Tradicional Que Encara a Ciência Moderna

Ashwagandha, ou Withania somnifera, é uma planta de origem indiana usada há séculos na medicina ayurvédica. No entanto, sua reputação como “ginseng indiano” vai muito além do misticismo. Classificada como um adaptógeno, acredita-se que a planta ajuda o corpo a manter o equilíbrio fisiológico diante do estresse. Agora, essa tradição ganha respaldo científico: o estudo utilizou extratos das raízes e folhas. Além disso, os pesquisadores encapsularam esse conteúdo em lipossomas – estruturas microscópicas de gordura que potencializam a absorção dos compostos ativos.

Essa tecnologia de encapsulamento é, em si, um avanço. Ela permite que a ashwagandha seja mais bem aproveitada pelo organismo, superando uma limitação comum nos suplementos naturais: a baixa biodisponibilidade. Ao contrário de cápsulas comuns, o formato lipossomal entrega os compostos diretamente às células, como um mensageiro especializado atravessando barreiras biológicas com mais eficiência.

A escolha da dosagem — 225 mg — foi estratégica: suficiente para avaliar segurança e eficácia sem provocar sobrecarga fisiológica. E a boa notícia é que os efeitos colaterais praticamente não existiram. Os pesquisadores monitoraram os relatos dos participantes sobre possíveis reações adversas com exames de sangue e questionários, e os resultados apontam para um excelente perfil de tolerabilidade.

Resultados Rápidos, Efeitos Persistentes da Ashwagandha

A maior surpresa do estudo foi a velocidade dos efeitos. Em apenas 60 minutos, os participantes que consumiram o suplemento de ashwagandha apresentaram melhor desempenho em quatro tarefas cognitivas distintas. Além disso, relataram sentir menos fadiga e tensão — aspectos emocionais frequentemente negligenciados em pesquisas sobre performance cerebral.

Mas os benefícios não se limitaram ao curto prazo. Após 30 dias de suplementação contínua, os ganhos cognitivos e emocionais se mantiveram, indicando que a planta não atua apenas como um “impulso pontual”, mas pode oferecer um suporte sustentável à saúde mental e ao desempenho cognitivo. Para jovens expostos a jornadas de estudo intensas, ambientes de trabalho altamente competitivos ou à sobrecarga emocional das redes sociais, isso abre uma janela poderosa de aplicação.

Anúncios

Embora os pesquisadores tenham focado o estudo em adultos jovens saudáveis, os resultados acendem um alerta: essa substância natural, segura e barata provoca uma diferença significativa em um curto espaço de tempo — então, por que os sistemas de saúde e educação ainda não a utilizam amplamente ou, ao menos, a investigam com mais seriedade?

Ashwagandha: Uma Planta, Muitas Perguntas

Apesar do otimismo, a ciência é cautelosa. O estudo, embora rigoroso, tem limitações: a amostra é relativamente pequena e composta apenas por jovens saudáveis. Não sabemos, por exemplo, se os mesmos efeitos se aplicariam a idosos, pessoas com transtornos cognitivos ou mesmo em situações de estresse crônico intenso. Também não se investigou o impacto cumulativo após mais de 30 dias de uso — e é possível que os efeitos se estabilizem ou até diminuam com o tempo.

Outro ponto relevante é que o estudo foi financiado parcialmente por empresas com interesse comercial no extrato usado. Embora isso não invalide os resultados, reforça a importância de replicar o experimento com maior independência científica, incluindo populações diversas e outros formatos de extração e dosagem.

Ainda assim, o que se tem hoje é suficiente para repensar algumas prioridades. Em um mundo onde o burnout virou epidemia e o déficit de atenção se tornou diagnóstico comum, o fato de uma planta conseguir — em uma hora — reduzir a tensão e aumentar o foco, deveria, no mínimo, provocar uma discussão mais ampla sobre os caminhos da neurociência e da farmacologia.

Anúncios

Gostou do conteúdo? Siga-nos nas redes sociais e acompanhe novos conteúdos diariamente!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Anúncios
Você também pode se interessar:
plugins premium WordPress