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Algumas Partes do Cérebro São Menos Ativadas em Pessoas com Transtorno Generalizado de Ansiedade

Algumas Partes do Cérebro São Menos Ativadas em Pessoas com Transtorno Generalizado de Ansiedade
Algumas Partes do Cérebro São Menos Ativadas em Pessoas com Transtorno Generalizado de Ansiedade
Índice
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O transtorno generalizado de ansiedade é um fenômeno psicológico que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, manifestando-se como um medo irracional e uma sensação de impotência. A ansiedade pode variar de leve a severa, e é importante entender essas diferenças. Níveis leves de ansiedade são comuns e podem até ser benéficos, pois ajudam a manter as pessoas alertas e conscientes do que acontece ao seu redor. Por exemplo, sentir um leve nervosismo antes de uma apresentação importante pode melhorar o desempenho, mantendo a pessoa focada e preparada.

No entanto, quando a ansiedade se torna severa, ela pode evoluir para transtornos de ansiedade, que são condições debilitantes. Esses transtornos podem se manifestar de várias formas, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobias específicas, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A ansiedade severa interfere significativamente no funcionamento diário, tornando difícil para a pessoa realizar atividades normais. Por exemplo, alguém com transtorno de ansiedade generalizada pode sentir uma preocupação constante e excessiva com situações cotidianas, enquanto uma pessoa com fobia específica pode evitar certos lugares ou situações devido ao medo intenso.

Além de interferir no funcionamento diário, os transtornos de ansiedade são frequentemente acompanhados por outros problemas de saúde mental, como a depressão. No entanto, a ansiedade também pode estar associada a outros distúrbios, como transtornos alimentares, problemas de sono, e abuso de substâncias. Esses problemas adicionais podem complicar ainda mais a vida da pessoa, criando um ciclo de sofrimento que é difícil de quebrar. A compreensão dos diferentes níveis de ansiedade e suas manifestações é crucial para a identificação e o tratamento adequados, permitindo que as pessoas possam buscar ajuda e melhorar sua qualidade de vida.

Estudo Recente Revela Novos Insights sobre o Transtorno Generalizado de Ansiedade

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Um estudo recente publicado na revista Psychophysiology explore a relação entre a ansiedade e a função cerebral sob nova perspectiva. Pois neste estudo os pesquisadores estão focando especificamente em como a ansiedade impacta a rede de controle cognitivo do cérebro. Os achados sugerem que transtornos de ansiedade severa estão associados a uma diminuição da atividade em certas regiões cerebrais, o que pode servir como marcadores neurais para os sintomas de ansiedade.

Pesquisas anteriores já haviam indicado uma ligação entre a ansiedade e mudanças na atividade cerebral, especialmente no córtex frontal. No entanto, esses achados eram inconsistentes pois havia confusão com outros distúrbios mentais. O estudo atual utilizou uma abordagem específica ao focar em indivíduos com ansiedade, mas sem depressão, assim, isolando os efeitos da ansiedade na função cerebral.

Explicando Conceitos

A função cerebral refere-se às diversas atividades e processos que ocorrem no cérebro, permitindo que os humanos pensem, sintam, se movimentem, e executem outras funções vitais. O cérebro é composto por várias regiões interconectadas que trabalham juntas para regular essas funções. Por exemplo, o córtex frontal está envolvido em funções executivas como tomada de decisão, planejamento e controle de comportamento.

A rede de controle cognitivo do cérebro é um conjunto específico de regiões cerebrais que desempenham um papel crucial na regulação dos pensamentos e comportamentos. Esta rede inclui áreas como o córtex pré-frontal dorsolateral (rDLPFC) e os campos oculares frontais (lFEF). Ela é responsável por funções como a atenção, a tomada de decisão, e o controle das emoções. Quando essa rede está comprometida, as pessoas podem ter dificuldade em controlar pensamentos intrusivos e emoções, contribuindo para sintomas de ansiedade.

Marcadores neurais são indicadores biológicos observáveis que podem ser medidos e usados para identificar ou prever condições de saúde mental. No contexto dos transtornos de ansiedade, marcadores neurais referem-se a mudanças específicas na atividade cerebral que estão associadas aos sintomas de ansiedade. Identificar esses marcadores pode ajudar os pesquisadores e clínicos a diagnosticar mais precisamente os transtornos de ansiedade e a desenvolver tratamentos mais eficazes.

Como Mediram Transtorno Generalizado de Ansiedade

Os cientistas recrutaram 366 indivíduos da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, localizada em Wuhan, China, durante o período de setembro de 2020 a maio de 2023. A seleção dos participantes foi realizada utilizando a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), garantindo que todos apresentassem níveis normais de depressão. Posteriormente, os participantes foram divididos em três grupos distintos conforme seus níveis de ansiedade: controles saudáveis, pessoas com ansiedade leve e aquelas com ansiedade severa.

Para avaliar a atividade cerebral, os pesquisadores empregaram a técnica de espectroscopia funcional de infravermelho próximo (fNIRS). Esse método não invasivo utiliza luz para monitorar as alterações nos níveis de oxigênio no sangue cerebral, oferecendo uma medida indireta da atividade neural. Os participantes realizaram uma tarefa de fluência verbal (VFT), que consiste em gerar palavras a partir de textos fornecidos, sendo uma atividade conhecida por ativar as regiões cerebrais responsáveis pelo controle cognitivo.

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Transtorno Generalizado de Ansiedade Causa Menor Atividade Cerebral

A pesquisa revelou diferenças significativas na atividade cerebral entre os diferentes grupos. Observou-se uma correlação negativa entre a gravidade do transtorno generalizado de ansiedade e a ativação no córtex pré-frontal dorsolateral direito (rDLPFC) e nos campos oculares frontais esquerdos (lFEF). A concentração média de oxi-hemoglobina (oxy-Hb), que reflete a atividade cerebral, foi de 0,047 no grupo com ansiedade severa, em contraste com 0,896 no grupo de controle. Resultados similares foram observados no lFEF, onde o grupo com ansiedade severa apresentou uma concentração média de oxy-Hb de -1,255, enquanto o grupo de controle apresentou 0,601.

O rDLPFC é uma região do cérebro responsável por funções executivas, como planejamento, tomada de decisão e controle do comportamento, enquanto os lFEF estão envolvidos no controle dos movimentos oculares e atenção visual. Em outras palavras, indivíduos com níveis mais elevados de ansiedade apresentaram menor atividade nessas regiões enquanto realizavam a tarefa de fluência verbal.

Implicações dos Achados

Os achados sugerem que a atividade reduzida nessas regiões cerebrais pode ser um marcador neural para transtornos de ansiedade major. A rede de controle cognitivo, incluindo o rDLPFC e o lFEF, é essencial para a regulação de pensamentos e emoções. O funcionamento prejudicado dessa rede pode contribuir para os sintomas de ansiedade, como a incapacidade de controlar preocupações irreais. Esses resultados estão alinhados com estudos anteriores que ligaram a ansiedade a deficiências no controle cognitivo, mas fornecem evidências mais precisas ao isolar a ansiedade da depressão.

Desafios para Isolar os Efeitos de Transtorno Generalizado de Ansiedade no Cérebro

Os resultados indicam que a atividade reduzida nessas regiões cerebrais pode ser um forte indicador neural para transtornos de ansiedade severa. A rede de controle cognitivo, que abrange o rDLPFC e o lFEF, é crucial para a regulação dos pensamentos e emoções. Quando essa rede está comprometida, pode resultar em sintomas severos de ansiedade, como a incapacidade de controlar preocupações irracionais. Estes achados fornecem evidências mais precisas ao separar a ansiedade da depressão e reforçam estudos anteriores que associam a ansiedade a déficits no controle cognitivo.

No entanto, uma limitação significativa do estudo é o foco exclusivo nas regiões corticais frontais e temporais. A técnica fNIRS utilizada não captura a atividade nas áreas mais profundas do cérebro, como a amígdala, que também é fundamental na ansiedade. Pesquisas futuras precisam incluir essas áreas para oferecer uma visão mais completa dos mecanismos neurais que sustentam os transtornos de ansiedade.

Este estudo sublinha a importância de direcionar regiões cerebrais específicas no tratamento dos transtornos de ansiedade. Compreender os mecanismos neurais que causam a ansiedade permite que os pesquisadores desenvolvam intervenções mais eficazes. Dessa forma, Estudos futuros devem incluir medidas mais abrangentes de ansiedade e depressão para validar esses achados e explorar novas áreas do cérebro envolvidas nesses processos complexos.

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