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Impactos do Jejum Prolongado no Corpo Humano: O que a Ciência Revela

Impactos do Jejum Prolongado no Corpo Humano: O Que a Ciência Revela
Impactos do Jejum Prolongado no Corpo Humano: O Que a Ciência Revela
Índice

O jejum prolongado, especialmente aquele realizado apenas com ingestão de água, tem ganhado popularidade nas redes sociais e entre celebridades como solução rápida para perda de peso e saúde geral. Entretanto, um estudo recente liderado pelo cientista Luigi Fontana, da Universidade de Sydney, publicado na revista Molecular Metabolism em 2025, traz evidências que podem mudar completamente a maneira como encaramos essa prática. O estudo analisou detalhadamente 20 participantes em jejum absoluto por 10 dias consecutivos.

Durante o experimento, os participantes perderam em média 7,7% do peso corporal, resultado que, à primeira vista, parece promissor. Contudo, os efeitos colaterais observados são preocupantes: dores de cabeça frequentes, insônia persistente e queda significativa da pressão arterial foram relatados. Mais alarmante ainda foi a descoberta de que esse tipo de jejum aumentou, em vez de reduzir, a inflamação corporal. Assim, elevando marcadores inflamatórios importantes, como a proteína C-reativa (PCR) e a interleucina-8 (IL-8), associados diretamente a condições cardiovasculares.

Essa descoberta contraria a hipótese inicial dos pesquisadores, que esperavam redução inflamatória após períodos prolongados de jejum. Portanto, ao invés de promover benefícios anti-inflamatórios, o estudo sugere que o jejum absoluto pode agravar inflamações, especialmente em pessoas com predisposições cardíacas e vasculares.

Mudanças nas Proteínas e seus Efeitos no Organismo com Jejum Prolongado

A análise detalhada das proteínas plasmáticas revelou um cenário complexo. Por um lado, houve aumento de proteínas inflamatórias; por outro, níveis de proteínas relacionadas à degradação muscular e óssea diminuíram. Assim, sugerindo que o corpo pode tentar se proteger preservando massa óssea e muscular em situação extrema de privação energética. Além disso, os níveis de proteínas beta-amiloides, fortemente ligadas ao desenvolvimento da doença de Alzheimer, também diminuíram.

Porém, esses benefícios precisam ser contextualizados adequadamente. Segundo os autores do estudo, liderados por Fontana e Commissati, ainda há muitas dúvidas sobre os efeitos duradouros desse jejum extremo. O tamanho reduzido da amostra e o perfil específico dos participantes (todos classificados como acima do peso) tornam necessárias mais investigações com grupos maiores e diversificados antes de recomendações mais amplas.

Outro ponto relevante mencionado pelos pesquisadores é que a resposta inflamatória aguda pode ser uma reação adaptativa passageira. Porém, há um alerta importante sobre potenciais consequências cardiometabólicas negativas que podem persistir mesmo após a retomada da alimentação regular. Em outras palavras, o risco não termina quando o jejum acaba.

O Contraponto: Jejum Intermitente e Controle Calórico

Enquanto o jejum prolongado parece ser uma estratégia arriscada, estudos anteriores destacam os benefícios potenciais do jejum intermitente, que alterna períodos curtos de jejum com períodos de alimentação. Essas abordagens já demonstraram benefícios na redução da inflamação, desaceleração do envelhecimento celular e diminuição de risco para diversas doenças crônicas.

Contudo, especialistas enfatizam que o jejum intermitente deve ser acompanhado por um controle calórico rigoroso para produzir efeitos positivos reais e sustentáveis na perda de peso e saúde geral. Fontana salienta ainda que, mesmo nesses casos, há desvantagens a considerar. O pesquisador aponta como risco de compulsões alimentares e desequilíbrios nutricionais, especialmente quando realizados sem orientação profissional adequada.

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Portanto, antes de considerar qualquer forma de jejum como estratégia de saúde ou emagrecimento, busque aconselhamento médico personalizado. Não existe uma abordagem única e universal que funcione igualmente para todos os indivíduos, e reconhecer as particularidades do próprio corpo é fundamental para uma prática segura e eficaz.

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